sexta-feira, 26 de abril de 2013

A Batalha das Células

Há tempos que a Infantaria Branca não vinha recebendo o necessário para manter todo o seu poderio, formada por membros da Casa Leucócita, os antes poderosos guerreiros, tornavam-se cada vez mais fracos. Talvez seu suserano achasse que a paz que conquistara era inabalável. Enganou-se.

Sem que ninguém percebesse, um dos mais fortes membros da família de monstros Orthomyxoviridae invadiu e começou a destruição.

A Infantaria Branca estava reduzida, mas sua lendária coragem era a mesma, portanto, avançaram com fúria contra o invasor.

A batalha foi feroz e durou dias, e para desespero geral os defensores foram derrotados e precisaram recuar.

— Temos que continuar lutando. Ouça capitão, daqui é possível escutar o aríete. Logo tudo será destruído.

— Todos estão muito machucados, seríamos massacrados rapidamente. Precisamos descansar e nos preparar. — Respondeu o comandante.

— Mas, fizemos um juramento de lutar até o fim, senhor.

— Soldado! Ousa questionar minhas ordens? Está chamando-me de covarde? — Apavorado o infante não respondeu. — Essa é uma retirada estratégica, é claro que lutaremos até a morte. Agora descanse; é uma ordem.

Passaram um bom tempo repousando e cuidando dos ferimentos, não havia alimentos para todos. E, a esperança ruía quando escutaram uma poderosa trombeta vinda da parte de trás de onde abrigavam-se. O som era imponente e assemelhava-se a um grito de gigante.

— Será que ele nos atacou pela retaguarda, senhor?

— Não. Eu conheço esse som. — O capitão levantou-se bruscamente e bradou:

— Homens às armas! O auxílio chegou.

Todos armaram-se e ficaram preparados para marchar. Sorriram ao ouvir o som que soou como música aos seus ouvidos.

— Cavaleiros, senhor. — Disse o infante.

— Sim, o senhor Nóbrega convocou seus vassalos.

Avistaram o reforço, seguindo a correnteza do rio vermelho, em uma velocidade impressionante vinham duas cavalarias, todos vestidos com radiantes armaduras, os que avançavam pela direita tinham penachos de crina na cor verde-limão sobre o elmo, e os da direitas usavam penachos alaranjados.

Os primeiros a passarem por eles foram dois senhores das Casas convocadas, eram Sir Voltaren da casa Diclofenaco e Sir Benza senhor da Casa Benzatina. Prepotentes e orgulhosos como sempre, sequer olharam para os soldados que sorriam de empolgação, passaram rápidos em direção do inimigo. A Infantaria Branca soou os tambores e partiram para a batalha.

Dessa vez foi rápido, os cavaleiros começaram a desfigurar o gigante invasor e a Infantaria terminou o serviço cortando-o por completo. Alguns cavaleiros e infantes tombaram. Honras a eles!

Foi assim que o terrível Influenza, mais conhecido como Gripe, foi destruído.

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